terça-feira, 6 de setembro de 2011

Franchising 2

Febre: franquias fazem a cabeça de empreendedores de todo país

Com crescimento de 20,4% em 2010, maior do que o esperado, o sistema de franquias se consolida no país como nova aposta do mercado

Quase uma por dia. A febre de franquias faz crescer um dos mercados que mais aquecem a economia do Brasil hoje. Muitos empreendedores optaram pode deixar de lado o negócio independente para mergulhar no oceano de oportunidades que o franchising oferece. Para se ter uma ideia desse bom momento, só no ano passado foram abertas 280 novas empresas franqueadoras.

A segurança do investimento, o retorno financeiro rápido e a ampliação do mercado consumidor são considerados três dos principais fatores que tornam esse mercado o que mais cresce no país. O modelo está na moda, já é visto com bons olhos pela economia e faz a cabeça de quem tem a empresa e quer franquear ou de quem procura uma marca para ser parceiro.

As redes em operação cresceram 12,9% e o número de unidades (franqueadas e próprias) chegou a 86.365, o que significa um incremento de 8% em relação ao ano anterior. Essa expansão resultou na abertura de mais de 57 mil novos postos de trabalho. O setor é responsável hoje por mais de 777 mil empregos diretos, gerando um faturamento de R$ 75 bilhões.

Os dados foram apresentados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), por um estudo realizado em todo o país com 1855 novas franquias.

“Acreditamos que o setor cresça mais 15% no final de 2011. O aumento no número de redes e a expansão das marcas já existentes demonstram o grande potencial do setor”, afirma Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF.

Ainda em faturamento, o segmento de franquia que mais cresceu em 2010 foi o de Alimentação (39,9%), seguido pelos setores de Acessórios Pessoais e Calçados (29,9%), Vestuário (29,0%), Móveis, Decoração e Presentes (27,4%) e Esporte, Saúde, Beleza e Lazer (20,%). “Os setores que mais cresceram estão intimamente ligados ao aumento do poder de compra da população”, explica Ricardo Camargo.

De todas as redes criadas, 90% se originaram de negócios com até R$ 100 milhões de receita ao ano. No entanto, o sistema de franchising também permite que investidores com menor potencial econômico possam também fazer parte deste time de novos empresários. Algumas redes oferecem o sistema com até o máximo de R$ 50 mil.

A velocidade que as redes crescem está ligada diretamente na capacidade de elas se expandirem em diversas frentes ao mesmo tempo. Isso permite que tanto o franqueador (dono da marca) como o franqueado (parceiro) atinja um mercado cada vez maior de consumidores com uma ou mais empresas. No Brasil, já existe um número considerado bom de empresas franqueadoras que se tornaram bilionárias.

Esse frenesi todo também tem relação direta com a ascensão demais de 45 milhões de brasileiros ao que é chamado de nova classe média brasileira. Esse grupo possui um poder de consumo vigoroso e apresenta uma renda familiar superior a R$ 1,6 mil mensais.

Um outro aspecto que torna atraente o modelo de franquias para empreendedores é a possibilidade de dividir com outros pequenos empresários a responsabilidade pela administração de um negócio emergente. Em uma empresa em ascensão, fica difícil um único dono controlar aspectos de gestão e manter a capacidade de pensar nas estratégias, monitorar vendas e o controle das finanças, especialmente a marca. Muitos franqueados também percebem essa possibilidade de ajuda e acabam se tornando sócios das empresas em que antes eram “revendedores”.

O mercado não abre apenas portas para quem segue como franqueado de outras empresas de sucesso. O franchising permite que qualquer pessoa se torne patrão. O fundamental é ter uma boa ideia ou um serviço essencial que atenda às necessidades do consumidor, independentemente da classe econômica. “O empreendedor precisa procurar ajuda qualificada, analisar o mercado, investimentos e planejar a viabilidade do lançamento de uma franquia”, explica Marcos Nascimento, diretor da Cia de Franchising, responsável pela formatação, expansão e comercialização de franquias.

A região de São José do Rio Preto também tem chamado a atenção dos empreendedores ligados ao franchising. O município conta com mais de 50 redes de franquias, sendo considerada uma das maiores regiões franqueadoras do estado.

“Esta é uma das principais regiões do país também. São José do Rio Preto e cidades próximas, assim como o interior do Brasil, estão atraindo muitos empreendedores em busca de um mercado consumidor forte e em ascensão”, explica Ricardo Camargo.

Desta forma, a Rio Preto Franchising Business abre as portas do empreendedorismo e amplia as chances para o surgimento de novas empresas na região Noroeste. A feira, que reúne mais de 80 franquias, ocorre nos dias 14 e 15 de outubro, no Complexo Swift, das 14h às 21h. Nos dois dias do evento, a expectativa é de movimentar aproximadamente R$ 6 milhões em negócios e de receber um público de 10 mil a 15 mil pessoas. O lançamento oficial foi realizado no dia 28 de março.