Dia desses eu (luiz felipe possani) estava parado no sinaleiro da Independência com a Alberto Andaló, quando vi a minha amiga, fotógrafa e colunista social, Eloísa Mattos. Ela dentro de seu carro, estava sorridente, parecia que tinha acontecido algo de bom naquele exato momento. E não é que tinha, mesmo! Um pedinte que estava ali naquele instante, lhe estendeu a mão e pediu-lhe algo. Não ouvi bem ao certo o que ele queria, se era comida, moedas ou qualquer outra coisa do tipo que poderia agradar. Mas o que eu vi, com esses olhos que a terra há de comer, é que Elô, assim chamada pelos mais chegados, tirou de dentro de seu automóvel um par de tênis que estava ali e deu, assim sem mais nem menos, para o garotinho todo sujo e de feia aparência. O menino logo agradeceu, perplexo de tanta felicidade, e sentou-se ali mesmo na guia da calçada para experimenta-los. O sinal foi liberado e a multidão de carros correu cada um para um lado, fazendo eu nao ver o final deste momento.
O que será que naquele momento veio a cabeça do pedinte? E o que será que passou pela mente da Senhorita Mattos no momento em que ele pediu?
Bom... só sei que pra mim aquele dia já tinha valido. E olha que nem fui eu que fiz a caridade. Só de ver, que pessoas assim, do convívio social elevado, pessoas de inteligências extraordinárias e de sublime simplicidade podem ser capazes de fazer uma pequena solidariedade ao proximo, sem ao menos ser parabenizada, comprimentada ou até sem aparecer nos jornais, colunas sociais mostrando ter feito tal simplicidade.
Não tive a oportunidade de falar isso pessoalmente a minha querida amiga Eloísa Mattos. Mas aqui fica os meus cumprimentos!
A solidariedade não faz bem somente para aquele que recebe e sim também para o bem feitor!!!
