quinta-feira, 21 de julho de 2011

Carros

Recorde na venda de veículos novos no Brasil reflete na heveicultura


No primeiro semestre o país registrou 1,07 milhão de veículos vendidos


A demanda de borracha, natural e sintética, por parte das montadoras tem registrado aumento significativo no Brasil, sobretudo, durante os seis primeiros meses do ano, quando o país alcançou recorde na venda de veículos novos, foram vendidas 1,07 milhão de unidades.


A perspectiva da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) para todo o ano é de que as vendas cheguem a 3,69 milhões de veículos, o que corresponde a uma média de 14,76 milhões de pneus novos, número que causa inquietação entre as companhias, já que a produção brasileira de borracha não é suficiente para suprir a demanda.


“As indústrias têm se preocupado com a disponibilidade da matéria-prima borracha natural. Hoje em dia, observa-se um movimento de aproximação de alguns fabricantes de pneus junto aos produtores rurais. No entanto, o desafio do Brasil de elevar a produção de borracha requer um engajamento da iniciativa privada e do governo”, explica Heiko Rossmann, diretor secretário da Apabor (Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha).


Segundo Rossmann, existe uma estimativa de que 90% do consumo brasileiro de borracha seja destinado à indústria automobilística. “Cerca de 80% é absorvida na fabricação de pneumáticos, enquanto que 50% do volume restante, ou seja, 10% do volume total, deve ser empregada na fabricação de artefatos de borracha destinados às montadoras”, acrescenta.


Produção


A projeção para 2011 é de que a produção de borracha seca chegue a 135 mil toneladas, mesmo com a quebra da safra no primeiro semestre, causada pelo excesso de chuvas no noroeste paulista.


As importações brasileiras do elastômero somam 124,5 mil toneladas, ou US$ 589,9 milhões, no período de janeiro a junho de 2011. Comparado ao mesmo período do ano passado, o volume importado é 5,1% menor, mas o valor gasto é 58,4% superior.


“Associada a lenta expansão da área plantada no Brasil, a demanda torna a heveicultura um negócio ainda mais atraente como opção de investimento”, diz o diretor da associação.