terça-feira, 26 de julho de 2011

Notícias

BARRADOS NA EUROPA: embora sem o sensacionalismo de outrora, os brasileiros continuam sendo impedidos de entrar na Europa. Os dados da Frontex (agência européia de controle de fronteiras), publicados na grande imprensa brasileira, no ano de 2010, dão conta de que nada menos do que 6.072 brasileiros não puderem entrar na Europa, via aeroportos. Espanha e França são os países que mais recusam brasileiros, 1.813 e 673 casos, respectivamente. Embora altos, os números estão diminuindo: na França, em 2009, foram barradas 1.437 pessoas e, na Espanha, no mesmo ano, foram devolvidos 1.994 brasileiros. Números menores podem indicar também que os brasileiros, em função da crise, já não se sentem mais atraídos a emigrar, preferindo ficar por aqui mesmo. Nos Estados Unidos, o número de brasileiros recusados em 2010, foi de 2.238 pessoas, recorde mundial absoluto. As autoridades brasileiras estão perdendo uma rara oportunidade de endurecer com esses países, tendo em vista que hoje o número de turistas do país que viajam para o exterior é muito grande e, portanto, de enorme interesse para eles.

AINDA AS TERRAS RARAS: UGTpress tem insistido no assunto: o Brasil deve se preocupar com a conservação de terras raras, aquelas que possuem elementos químicos essenciais para suprir a demanda mundial para atender a indústria de produtos eletrônicos. Alguns produtos que são fabricados com lantânio, ítrio, cério, praseodímio e itérbio: telas LCD, iPhones, discos rígidos para computadores, celulares, lasers, motores elétricos e outros. Em 7 de julho, a Folha de São Paulo abordou o assunto, informando que no fundo do Oceano Pacífico, próximo do Havaí e Taiti pode conter "grande quantidade das chamadas terras raras, cruciais para a indústria de eletrônicos". O estudo foi feito por japoneses da Universidade de Tóquio. Segundo eles, a lama do mar profundo, a cerca de 4 mil metros da superfície, "pode conter terras raras por causa das forças que moldaram o ambiente submarino ali". O Brasil, com vasto território e longa costa marítima, tem um potencial bastante promissor para encontrar terras raras. O governo brasileiro, insistimos, deve ter uma política consequente e estratégica para encontrar e conservar as terras raras.

A MÍDIA NA BERLINDA: o escândalo que estourou na Inglaterra em 6 de julho, relativamente ao comportamento de jornalistas do grupo de mídia News Corporation deve reacender as discussões sobre a preservação da privacidade das pessoas. Jornalistas inescrupulosos, aéticos, apagaram mensagens da caixa postal de uma jovem desaparecida (Milly Dowler), além de violarem os telefones de vítimas de estupro, soldados mortos, membros da família real, atores, esportistas e políticos. O alvo são as celebridades. O grupo de midia News Corp. pertence ao magnata das comunicações, o australiano Robert Murdoch. Nas últimas décadas, a imprensa vem se especializando em escândalos, procurando atender a um público ávido por saber sobre a vida das celebridades. Esse comportamento deveria ter limites. Os limites devem estar situados em divulgar somente a verdade e preservar a privacidade das pessoas. No Brasil, com a abolição da lei da imprensa, um entulho autoritário dos tempos da ditadura militar, o país ficou sem leis protetoras. Está na hora de pensar nisso.