domingo, 7 de agosto de 2011

Fora de época

14º ARRAIAL DO ESTORIL


Rio Negro e Solimões abrem o 14º Arraial do Estoril

Consolidada, hoje, como a maior festa do gênero no Estado de São Paulo, o Arraial do Estoril, que acontecerá de 11 a 14 de agosto, agrega a cultura popular e as verdadeiras raízes das festas juninas e manifestações populares como as ‘quadrilhas’, ‘catiras’ e ‘cavalgadas’.

Congregando os melhores que se apresentaram no Jeca Fest, o Arraial do Estoril amplia as atividades, poissempre se preocupou em valorizar as manifestações populares (quadrilhas, catiras e música sertaneja) permitindo um aprofundamento neste resgate à cultura regional”, observa o organizador Manoel Neves Filho, o Mané.

São shows, manifestações folclóricas, sorteios, parque de diversões, comidas típicas e diversas atrações que fazem do Arraial do Estoril a festa caipira mais lembrada e esperada pela população de Rio Preto e região.

De acordo com Mané, o principal objetivo da festa é resgatar a cultura popular, as verdadeiras tradições das festas juninas e manifestações populares como as quadrilhas, catiras e músicas raízes e arrecadar fundos para manutenção e ampliação dos trabalhos desenvolvidos com crianças, adolescentes, idosos e famílias carentes.

Serão mais 20 atividades artísticas entre apresentações de catiras e quadrilhas e musica sertaneja raiz, além dos seguintes shows:


Dia 11/08/2011 - Show com Rio Negro e Solimões

Dia 12/08/2011 - Show com Chrystian e Ralf

Dia 13/08/2011 - Show com Rick (ex Rick e Renner)


Também é um evento que cria oportunidades e divulga o terceiro setor, uma vez que une obras assistenciais para arrecadarem fundos para o desenvolvimento de suas ações sociais.



OBJETIVOS DO EVENTO


  • Resgatar a cultura popular e as verdadeiras raízes das festas juninas e manifestações populares como as “quadrilhas”, “catiras’’, “cavalgadas”;

  • Arrecadar fundos para manutenção e ampliação dos trabalhos desenvolvidos, com crianças, adolescentes, idosos e famílias carentes;

  • Proporcionar aos empresários locais e regionais a oportunidade de divulgar, expor e comercializar seus produtos em um grande evento;

  • Aproximar a logomarca de sua empresa com o trabalho social, proporcionando relacionamento com o terceiro setor e responsabilidade social, fortalecendo a imagem de sua empresa pela defesa das causas comunitárias, cujo investimento pode ser abatido no imposto de renda.



O ORGANIZADOR

O Centro Social Estoril atua há 41 anos, com diretoria composta por voluntários, atendendo hoje direta e indiretamente cerca de 3.500 pessoas, sendo 250 crianças em creche, 60 cestas básicas mensais às famílias carentes, atendimento a 110 idosos, além de trabalhos educacionais e culturais, como esportes, dança, música e teatro, tendo atualmente 90 funcionários e mais de 100 voluntários.



SOBRE AS QUADRILHAS

Dança coletiva de salão baseada em formas de alegres danças populares, surgida na Europa de inícios do século XIX como continuação modificada da contradança, trazendo a euforia do período de conquistas napoleônicas do Consulado e Império da França. Foi chamada de quadrilha por suas figuras lembrarem a formação militar da squadra (soldados perfilados em quadrado), cujo diminutivo se vulgarizaria acompanhando o espanhol cuadrilla.

A dança e música da quadrilha fizeram sua entrada no Brasil ao tempo da Regência (1830-1841), através do modelo francês de contradança a dois ou quatro pares (quadrilha dupla), de som alegre e movimentado, dividida em cinco partes com diferentes figuras, todas em allegro ou allegretto. E isso obedecendo ao seguinte esquema geral: primeira figura em dois por quatro – ou em seis por oito, tal como a terceira – e as três outras (segunda, quarta e quinta) geralmente em dois por quatro.

As cinco figuras dessa quadrilha francesa denominavam-se, respectivamente: Pantalon (por tê-la dançado em 1830 o rei Luís Felipe, em Paris, vestindo pantalonas, e não calções curtos), Eté (antes chamado Avant Deux), La Poule (pela música imitar cacarejo de galinha), Pastourelle (por inspirar-se a música do pistonista Collinet no romance Gentil Pastora) e Chassé Croisé ou Galop (por fazer terminar a dança com animado galope, em que todos os dançarinos mudam de lugar e passam uns na frente dos outros).

A partir do Segundo Império e fins do século XIX, a quadrilha perde, no Brasil, a preferência dos salões, e passa a ser cultivada pelas camadas populares em terreiros, ao ar livre, na área do mundo rural e periferia dos centros urbanos, especialmente no período das festas juninas. Passando então a perceber por todo o país diferentes nomes – quadrilha caipira em São Paulo, mana-chica na região açucareira fluminense de Campos, baile sifilítico na Bahia, e saruê (soirée) na região central – a quadrilha conservaria as características originais de graça e animação, acrescidas de um novo elemento cômico, resultado da incompreensão dos termos franceses pela gente simples.

Na voz de comando dos marcadores de quadrilha populares, no Brasil, en avant tous se transformaria em alavantu, tour em giro, balancé em balanceio, chemin du bois em caminho da roça e Retournez! Il pleut! em "Volta que está chovendo!" ou "Olha a chuva!"



SOBRE A CATIRA

A catira tem uma origem muito discutida. Alguns dizem que ela veio da África junto com os negros, outros acham que é de origem espanhola, enquanto estudiosos afirmam que ela é uma mistura com origens africana, espanhola e também portuguesa – já que a viola se originou em Portugal, de onde nos foi trazida pelos jesuítas.

A dança catira, para quem não sabe, surgiu em Bom Despacho há muitos anos, na comunidade da Extrema, e se chama os extremeiros. Eles foram o grupo que mais influenciaram a dança na região. Mas com o passar do tempo o grupo foi se distanciando, seus integrantes foram se mudando para outras cidades até parar de se reunir e de se apresentar.

Com a mudança do pessoal e a não preocupação de passar essa cultura para os descendentes, a Catira deixou de existir em regiões como Vargem Grande, Lagoa Verde, Picão e na própria Extrema. Contudo, os extremeiros continuam se apresentando em Bom Despacho, ainda que com pouca freqüência.

A dança catira não se limita apenas em bater palma e sapatear, constituindo-se num estilo de vida de quem está dançando. Naquele momento o dançador se esquece de coisas ruins, trazendo assim muita alegria e descontração, além da dança servir também como identidade familiar para os integrantes do grupo.

Quem se interessar em aprender a catira, que de fato é muito encantadora, deve procurar pelo Dr. José Maria Campos (Praça da Matriz, 164 – Bom Despacho), onde ele se dispõe a passar para os interessados os seus conhecimentos sobre a dança.

Catira é folclore, é cultura. Vamos cultivar essa raiz em nossa cidade para que ela seja sempre lembrada por todos como uma dança alegre e bonita